Tabus que Nos Limitam: Conversas que Todos Deviam Ter Sobre Sexo

08/07/2025
Tabus que Nos Limitam: Conversas que Todos Deviam Ter Sobre Sexo

Falar de sexo continua a ser, para muitas pessoas, um exercício de coragem. Mesmo em tempos de maior abertura, onde a sexualidade se cruza com a cultura popular, o silêncio persiste — em casa, entre casais, na escola, nas amizades. E esse vazio de palavras transforma-se em vergonha, desinformação e culpa. Os tabus sexuais vivem nesse vazio. Alimentam-se da falta de conversa, da ausência de escuta, do medo de parecer errado. Este artigo propõe uma pausa — não para ensinar, mas para convidar à reflexão. Que conversas nos faltam? Que liberdades perdemos quando o desejo se cala?

O que é um tabu sexual e como se instala

Tabu é aquilo que não se pode dizer. No universo da sexualidade, ele surge mascarado de pudor, de moral, de educação. Crescemos com ideias feitas sobre o que "deve" ou "não deve" dar prazer, sobre quem pode desejar o quê, sobre como o corpo se deve comportar. Estas ideias não são neutras — vêm da cultura, da religião, da família, da escola. Interiorizam-se, às vezes sem que nos demos conta.

Um tabu não precisa de ser imposto com regras. Basta não ser falado. Quando não se fala de masturbação, de orgasmo feminino, de desejo fora da norma heterossexual, instala-se a ideia de que essas vivências são erradas, ou pelo menos indesejáveis. E essa crença transforma-se em silêncio.

O peso do silêncio sobre o prazer

O silêncio molda a forma como sentimos. Quando não há espaço para falar sobre sexo, também não há espaço para colocar dúvidas, partilhar inseguranças ou celebrar descobertas. Muita gente chega à idade adulta sem saber nomear as partes do seu corpo, sem perceber o que gosta, o que não gosta, o que é normal e o que não é.

Este vazio de informação torna-se terreno fértil para a vergonha. E a vergonha é uma das maiores inibidoras do prazer. Faz com que se esconda o desejo, que se evite o toque, que se aceite uma vida sexual aquém daquilo que poderia ser pleno. Nas relações, o medo de falar sobre sexo é também medo de não ser aceite, de parecer estranho, de perder o outro.

O peso do silêncio sobre o prazer

Conversas que libertam

Falar sobre sexo não é apenas falar sobre o ato sexual. É falar sobre desejo, sobre curiosidade, sobre prazer, sobre limites, sobre o que nos excita e o que nos trava. Conversas assim são um ato de intimidade profunda, seja em casal ou consigo próprio.

Estas são algumas das conversas que todos devíamos ter:

  • Masturbação: um gesto natural de autoconhecimento, ainda muitas vezes carregado de culpa.
  • Orgasmo feminino: desmistificar mitos e perceber que o prazer não tem de seguir o modelo masculino.
  • Consentimento: saber dizer sim, saber dizer não, e saber escutar o outro com empatia.
  • Desejos e fantasias: falar abertamente sobre o que estimula, sem medo do julgamento.
  • Brinquedos sexuais: normalizar a sua utilização como parte do prazer individual ou partilhado.

Cada uma destas conversas abre portas. Permite que o prazer seja mais livre, mais consciente, mais profundo.

Por onde começar: pequenos gestos de liberdade

Não é preciso anunciar uma revolução. O caminho para uma sexualidade mais livre pode começar com gestos simples:

  • Ouvir com abertura: deixar o outro falar sem interromper, sem corrigir, sem julgar.
  • Fazer perguntas: "o que gostaste mais?", "o que te deixa curiosa/o?"
  • Nomear o corpo e o prazer: usar palavras reais em vez de eufemismos.
  • Ler sobre sexualidade: blogs, livros, artigos que ajudem a ganhar vocabulário e confiança.
  • Experimentar algo novo: sozinha/o ou em casal, como um brinquedo, uma posição diferente, um toque inesperado.

Cada gesto que desafia o tabu é um passo na direção da liberdade sexual.

Espaços seguros para falar sobre sexo

Nem todas as pessoas têm à sua volta um ambiente aberto. Por isso, é importante procurar espaços onde se possa falar de forma honesta, respeitosa e sem julgamento:

  • Lojas como a My Sex Shop: onde se pode encontrar informação, apoio e produtos pensados para o bem-estar sexual.
  • Terapeutas especializados: em sexologia, relações ou psicologia corporal.
  • Grupos de conversa, blogs, podcasts: onde outras pessoas também estão a fazer este caminho.
  • Amizades com escuta ativa: uma conversa franca pode mudar tudo.

O mais difícil é o primeiro passo. Mas, depois dele, abre-se um universo de possibilidades.

Espaços seguros para falar sobre sexo

Conclusão: a coragem de dizer

Falar sobre sexo é um gesto de coragem e de cuidado. Com o outro, mas também consigo. É permitir-se existir de forma mais inteira, mais presente, mais ligada ao prazer e à curiosidade.

Na My Sex Shop, acreditamos que cada conversa conta. Que o prazer não deve ser um segredo, nem um luxo. É parte da vida. E é um direito.

Se quiser abrir essas conversas, estamos aqui para ajudar. Com informação clara, atendimento acolhedor e produtos que respeitam o seu tempo, o seu corpo e a sua liberdade.